18 de Novembro de 2019 - 15h18
Alba Faria
Aos 8 anos de idade, um garotinho presencia o assassinato de seus pais por um assaltante e, ao contrário do que se poderia esperar, o herói que surgiu pela dor da perda nunca se recuperou. Podemos observar que o trabalho de luto do herói mais atormentado dos quadrinhos não se extinguiu, e, talvez por uma predisposição patológica o jovem Bruce Wayne tenha se enveredado por uma eterna melancolia. A sucessão de traumas em sua história e a busca por alívio na vingança contra tipos criminosos geradores da perda e de sua angústia deixou para Batman como sequela alguns possíveis transtornos, dos quais podemos citar o Transtorno Depressivo Persistente ou Transtorno Distímico.
Somente na década de 80 a ciência concluiu que a Distimia não se tratava de um distúrbio de personalidade, e hoje afeta cerca de 16% da população, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A Distimia já era descrita nos primeiros tratados de medicina. Sua etimologia deriva-se do grego Dis (anormal) e Timia (Thimos=órgão/ânimo). Segundo a classifi cação internacional de doenças (CID-10) OMS 1993, o transtorno distímico é caracterizado como uma depressão duradoura que se dá de maneira insidiosa na infância, e dura, às vezes, indefinidamente.
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