Saúde mental e situação financeira. Qual a relação?

17 de Dezembro de 2019 - 10h02
Alexandrine de Almeida Pereira

Caro leitor, atuante da área da saúde ou não, sabia que em média 70%* dos inadimplentes sofrem de ansiedade, depressão e outros distúrbios, por não conseguirem pagar suas dívidas? Você sabia que mais de 80% da população brasileira não sabe o que fazer quando o assunto é dinheiro e que sofrem grandes prejuízos por não entenderem o básico de finanças? Isso é um dos grandes motivos de briga de casais, separações conjugais, ansiedade, estresse, depressão e outros diversos distúrbios psicológicos.

A situação financeira tem relação direta com a saúde mental. Precisamos nos conscientizar da importância deste tema para ajudar a nós mesmos e as pessoas com as quais nos relacionamos ou atendemos.

Creio que boa parte das pessoas que lerão este artigo estão ou estiveram numa situação financeira ruim. Existem diversas formas de sair desse problema negativo e depressivo. É plenamente possível dar a volta por cima!!! E o mais importante: manter a prosperidade financeira.

A primeira forma é tomar consciência da sua situação financeira. Para explicar melhor, divido em duas perguntas, uma para quem está em situação devedora e outra, para quem consegue viver com sua renda atual (separe uma folha e responda):

a) Como foi gerada sua dívida? Questão importante para curar a situação financeira ruim e com dívidas, é o entendimento para onde foi o dinheiro, porque foi e como foi. Descobrir a causa é o principal ponto.

A dívida surge de formas diferentes como:
- Compulsão (abordaremos o Eneagrama da Íris )
- Falta de um controle de quanto ganha e quanto gasta
- Divórcio
- Consumo desenfreado
- Doença
- Desemprego

Dentre algumas soluções, uma delas é trocar o vício de gastar e compulsões por um novo pensamento gerador de uma emoção contrária ao hábito de gastar afim de gerar uma ação com resultado positivo. Este ciclo praticado com dedicação, durante cerca de 60 dias, evitará gastos e ainda poderá reverter a economia feita em investimentos.

b) Se a partir de hoje, por qualquer motivo você for impedido de trabalhar, por quanto tempo o que você tem de dinheiro te mantém? Esqueça ajuda do governo, dos familiares e amigos.
Imagine um profissional liberal, um terapeuta por exemplo, adoecer ou sofrer um acidente e ficar impedido de exercer sua função por um ano, cinco anos ou mais. Como fará para suprir suas despesas, mesmo somente as primordiais? Ou se nesta situação hipotética, o mesmo terapeuta decidisse focar numa pesquisa ou um estudo nacional ou internacional durante um ano, como ficaria sua parte financeira reduzindo por um período os seus atendimentos?

Foi impactado por estas questões? A maioria das pessoas respondem que não conseguiriam se manter nem por três meses. Vamos mudar essa situação!

Nesse cenário hipotético do terapeuta, sugiro que em cada atendimento você separe no mínimo 20% de cada consulta e abra mais duas contas para investimento, ficando com três contas: uma para suas despesas, uma para investir na sua liberdade financeira e outra conta para seu desenvolvimento pessoal, emergências e lazer. A conta para sua liberdade financeira pode ser direcionada para compra de bens duráveis com preço atrativo, elevando seu patrimônio ou para revender, fora isso jamais deverá ser utilizada. Procure conhecer os melhores investimentos para rentabilizar seu dinheiro (ações, fundos DI, Tesouro direto, etc.).

Contrate uma proteção para você e seus bens. Tanto para iniciar o investimento como para sua proteção de vida, você pode iniciar até com R$ 10,00 mensais. Não coloque obstáculos para iniciar hoje, agora!

Por que abrir três contas ou mais? Diversos estudos e pesquisas comprovam que seu cérebro assimila melhor quando existe um propósito, um objetivo. Muitos empresários utilizam a conta jurídica misturada com a física, isso vira uma confusão trazendo prejuízo para ambos os lados, em muitos casos levam a falência. Separe um valor da sua empresa para enquadrar nos exemplos acima citados.

A segunda forma de sair das dívidas e até mesmo enriquecer é o autoconhecimento. Expansão da sua consciência sobre a importância da sua qualidade de vida financeira presente e futura. Através do autoconhecimento a pessoa compreende suas crenças positivas e negativas, suas qualidades e o caminho para potencializá-los e suas compulsões, os pontos a serem observados e tratados para uma evolução positiva e qualidade de vida.

Existem diversas formas para o estudo de si mesmo ou de seu paciente, com certeza uma delas é a sua ÍRIS, onde nos revela o Eneagrama na Pupila, denominado Eneatipo de 1 a 9. Através do Eneatipo, observamos a tendência a diversos tipos de compulsões do ser humano, uma delas com certeza é o gerador da dívida financeira e por consequência os distúrbios psicológicos.

Ou seja, duas pessoas com as mesmas rendas devendo o mesmo valor, e ambas com sintomas depressivos, tem grande possibilidade gerarem compulsões totalmente diferentes. Por que duas pessoas com a mesma formação educacional e profissional recebem um mesmo prêmio monetário, e uma prospera e outra vai a falência? Cada caso é único. Qual é a sua compulsão?

Qual é a crença ou gatilho que faz você se endividar ou não economizar mais/ganhar mais? Gastar acima do que ganha é uma compulsão. Não ter dívidas e não se conscientizar de um objetivo um propósito para seu futuro financeiro também é uma crença limitante ou uma compulsão por não fazer.

Autoconhecimento e expansão da sua consciência sobre qualidade de vida financeira presente e futura está e estará diretamente ligada a sua saúde mental.

Lembre-se! Dificilmente seu paciente com doenças psicossomáticas e outros problemas, vai abordar a situação financeira. É um assunto delicado, muitos não abrem por vergonha. Muitas vezes a cura pode estar na solução desse assunto.

(*dados do SPC Brasil de 2018).



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