As afecções da nova estação

16 de Setembro de 2017 - 14h23
William Nascimento

A temporada outono-inverso já está à porta. Enquanto alguns comemoram o fim do calor e o início do frio, outros correm atrás de medidas preventivas para essa época do ano, como os pais de jovens crianças. A incidência de doenças respiratórias é alta, demonstrando que todo cuidado é pouco. Um exemplo disso são as pneumonias de repetição contraídas no inverno, pois não adotamos os passos corretos para uma proteção adequada.

Doenças como a DPOC e sua exacerbação (doença obstrutiva pulmonar crônica), Broncopneumonia e a Pneumonia são comuns nessa época, sendo que a primeira citada acontece em adultos, enquanto as duas últimas atacam principalmente as crianças. Alguns quadros de ASMA também podem agudizar por esse período, vale a atenção redobrada dos pais. Isso se deve ao fato de que a maioria dos fatores causais e agravantes de pneumonias, por exemplo, se devem ao frio intenso e mudança repentina de temperatura, bem como períodos chuvosos e de polinização.

Os meses de maior prevalência da DPOC (enfisema pulmonar e bronquite crônica) e das Pneumonias são junho e julho. Alguns sinais e sintomas podem sugerir um quadro de DPOC ou doença pulmonar infecciosa, como dispneia (falta de ar), tosse insistente (com ou sem catarro), febre, dificuldade e dor ao respirar e suor frio. Já os fatores de risco incluem tabagismo, poeiras e produtos químicos, genética e condições socioeconômicas (DPOC) e fatores genéticos, exposição ambiental, inflamação crônica, fatores endócrinos, alérgicos e irritantes (ASMA). A fisioterapia tem um papel importante na prevenção e tratamento de tais patologias, promovendo o alívio dos sintomas e prevenindo o avanço da doença, reduzindo assim a mortalidade. Ao entrar no consultório de Fisioterapia, o paciente terá acesso a um exame físico, uma avaliação funcional global, orientações e condutas específicas, que incluem técnicas de higiene brônquica, quando for o caso, reexpansão pulmonar (na DPOC especialmente), cinesioterapia motora e fortalecimento muscular respiratório.

As técnicas de higiene brônquica, mais usadas em pneumonias, são realizadas através de técnicas manuais, drenagem postural e dispositivos Flutter, que geram um descolamento e mobilização da secreção nas vias aéreas. São todos recursos de fácil manuseio e de total acesso ao paciente. O fortalecimento muscular respiratório é realizado através de um dispositivo chamado Threshold, capaz de otimizar a força da musculatura respiratória, como o diafragma e os intercostais externos. Já o tratamento fisioterapêutico na ASMA demanda a utilização de volumes de oxigênio, para a correção da hipoxemia, quadro em que há pouca oferta de oxigênio para as células, posicionamento adequado do paciente para relaxamento da musculatura acessória, em caso de asma agudizada, exercícios de baixo fluxo inspiratório e expiratório, exercícios com retardo expiratório (freno labial), o qual o paciente solta o ar pela boca, semicerrando os lábios, além da inalação prescrita pelo médico.

Em alguns casos, há a necessidade de aplicar a ventilação artificial, recurso encontrado em hospitais. De uma forma geral, a DPOC aparece em indivíduos tabagistas, após os 40 anos de idade, com melhora variada no tratamento. Já a ASMA tem início na infância, com histórico familiar, mas sem histórico de tabagismo. A obstrução infecciona da ASMA é reversível ao tratamento, obtendo-se um bom resultado. O diagnóstico por imagem para o início de tratamento é muito importante e sempre deve ser solicitado. Mas lembre-se: é sempre melhor prevenir do que remediar!



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