Ciúme Patológico

22 de Março de 2017 - 16h05

Quem nunca sentiu aquele ciúme de um amigo, namorado, familiar ou, até mesmo, de um objeto?

Todo mundo já sentiu, pois o ciúme é um sentimento que todo ser humano sente, que faz parte das relações afetivas, afinal, quem ama cuida. Mas, como este amar pode variar na interpretação de uma pessoa para outra, pois somos sujeitos únicos e singular, o ciúme também o variará.  Assim, existem pessoas que sentirão ciúme quando sentir que o cônjuge não está tão conectado na relação como gostaria, ou quando passa a ter interferência na relação por um terceiro, enfim, há inúmeros casos concretos para se sentir ciúme. Mas também há aqueles casos em que existe um ciúme que a pessoa não precisa de provas e nem se basear em fatos reais para acusar o outro, denominado como Ciúme Patológico (CP).

De acordo com Leong (1994), o Ciúme Patológico, também chamado de “Síndrome de Othello” em referência ao romance Shakeasperiano, escrito em 1964, onde o ciúme supera a razão e Othello acaba matando sua amada esposa pelos pensamentos fantasiosos e duvidosos de que ela estaria traindo-o e que após o ato, descobre o engano cometido, e então culpado, acaba se suicidando. É possível ver que o sujeito com Ciúme Patológico se caracteriza, precisamente, por esse desejo intenso de controle dos sentimentos e comportamentos do companheiro. Por um medo sem razão, infundado, exagerado e irracional de perder o outro, acaba comprometendo todas as principais relações do sujeito, e uma preocupação com os relacionamentos anteriores do outro, gerando, dessa forma, ideias repetitivas e obsessivas que não se dispersam. Como pondera Kast (1991): "Enquanto o ciúme 'normal' é transitório e baseado em motivos reais, o patológico é uma preocupação infundada e irracional" (Kast R., 1991;159:590)

Desta forma, o ciumento patológico é um sujeito vulnerável, com baixa autoestima, depressivo, muito inseguro e com alto nível de desconfiança, onde dúvidas e ruminações sobre provas inconclusivas de traições  em que certeza e incerteza, raiva e remorso alternam-se a cada momento e que, para sua defesa, passa a ter comportamentos compulsivos como de verificação e investigação, passando a controlar de forma intrusiva e excessivamente a vida do cônjuge, como ligar a cada 30 minutos, vasculhar o telefone diariamente, segui-lo ou contratar detetive.

Em conclusão, o ciúme patológico é um sentimento que é capaz de acabar com uma relação e também com a estabilidade emocional das pessoas. Um ciúme que faz o sujeito se descontrolar, prejudicando a si mesma e a seu parceiro. Por isso, se você acha que tem esses sentimentos pouco saudáveis, procure a ajuda de um profissional, pois o terapeuta capacitado poderá indicar o melhor tratamento para você voltar a ter uma vida mais feliz, segura e tranquila novamente.

A Microsemiótica Irídea juntamente com a Terapia Flor de Íris, leva o sujeito a reencontrar o equilíbrio entre o corpo e a mente. Permitindo-o entender o que levou a formação dos sentimentos que está lhe causando dor e sofrimento, como também a se aceitar, conhecer-se, e assim caminhar em direção a uma vida plena de realizações e felicidade. Pois na medida em que as pessoas passam a aceitar, a entender e a lidar melhor com suas dificuldades/traumas, esses conflitos vão se dissolvendo e junto vão o medo excessivo, a insegurança, a baixa autoestima e a culpa.

Referências:
Kast R. (1991). Ciúme Patológico definido. Brit J Psychiatry, 159: 590
Leong , G. B. , Silva , J. A. , Garza - Trevino , E.S. , Oliva Jr , D. , Ferrari , M.M. , Komanduri, R. V.(1994 ) . A perigosidade das pessoas com a Síndrome de Otelo. Journal of Forensic Sciences, 39, 1445-1454 .



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