Perdão: O antídoto que remove o veneno do ressentimento

14 de Setembro de 2016 - 09h15
Claudiomir Lang

“Não é o que os outros fazem nem nossos próprios erros o que mais nos prejudica; é a nossa resposta.” (S. Covey).

O ressentimento é um sentimento parecido a uma reação emocional negativa ante um estímulo que é percebido como ofensa ao próprio eu e que permanece no interior do sujeito, de forma que se volta a vivenciar, a sentir uma e outra vez (se resente).

O evento agressivo fica armazenado no fundo da consciência, e quando não advertido, ali fica encubado, fermentando a sua amargura, infiltrando-se em todo o nosso ser e acaba sendo reitor de nossa conduta e de nossas menores reações. Este sentimento que não foi eliminado, mas que se reteve e passou a estar incorporado a nossa alma é o ressentimento.

Nós somos os únicos responsáveis pelos sentimentos que iremos desenvolver após uma situação frustrante. Não somos uma ilha, é impossível vivermos isolados e sozinhos, por isso precisamos aprender a lidar com esses fatores negativos, administrar a forma como enxergamos certos eventos e, muito mais, a forma como reagimos em relação a eles.

O ressentimento é a opção que fazemos de reproduzir em nosso interior, em nossa mente, o sentimento que nos causou dor. Ele pode ser um sentimento real, exagerado e até mesmo imaginário.

O bom uso da nossa capacidade de mudar o pensamento, o próprio autoconhecimento através de uma reflexão periódica sobre nós mesmos – que pode ser direcionado mais facilmente com o acompanhamento terapêutico – nos permite efetuar as conexões entre os nossos ressentimentos e as causam que os originaram. Quando isso ocorre vamos encontrando-nos, desenvolvendo o entendimento do que acontece conosco, fator que favorece o enfrentamento de novas situações, com o claro objetivo de solucionar eventos futuros.

Doenças reais e básicas do homem são provocadas por características de personalidade que muitas vezes tem origem no ressentimento e são elas que constituem as verdadeiras doenças.

O Microseometista Irídeo, auxiliado pela Terapia Flor de Íris, tem como objetivo principal orientar sobre a importância da conscientização das emoções, estados psíquicos e eliminar os fatos negativos (traumas, choques, mágoas, ressentimentos) que possam interferir no bem estar do paciente. Afinal, a doença física vem depois do adoecer emocional.

Além disso, o paciente é orientado a praticar atitudes de quem deseja a mudança, do “querer a transformação”, desenvolvendo a paciência, a persistência, o bom-humor e a definição de objetivos.

O ressentimento é um resentir, é voltar a sentir a ferida porque ela permanece dentro de nós, como um veneno que altera a saúde interior. O ressentido, por sua vez, tende a desenvolver um desejo de vingança, de promover a mesma dor àquele que lhe causou algum dano, porém, o maior dano atinge a ele mesmo: “guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.

Contudo, o homem de entendimento esclarecido e que desenvolveu a saúde emocional sabe que teríamos muito menos doenças se substituíssemos o ressentimento pela prática do perdão, assim, ele reage com energia direta ante a agressão e automaticamente expulsa a ofensa de sua consciência, como um corpo estranho, não permitindo que esse sentimento se converta em uma ferida que contamine todo o organismo interior. Essa postura salvadora de perdoar o “imperdoável” não existe no ressentido.

Portanto, o perdão é o antídoto que remove o veneno do ressentimento. Nesse sentido o desenvolvimento espiritual é muito importante, porque Deus clarifica a nossa inteligência, favorece a objetividade no autoconhecimento, a capacidade de compreensão e ainda potencializa a nossa vontade, fortalecendo o nosso caráter, para que não se dobre ante a pressão das ofensas sentidas. Que Deus abençoe nossas vidas e dirija nossas escolhas.



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